18 de maio de 2009

Conversão

Para quem já tinha visto o senhor David Eugene Edwards em Santa Maria da Feira, a surpresa era relativa. E embora me garantissem a genialidade do homem, as palavras são o que são até a experiência me remexer a alma. Ontem à noite, em Leiria, a minha alma entrou no Teatro Miguel Franco a direito e saíu virada do avesso. Hoje ainda sinto o revérbero da grandiosa noite no meu peito e na minha cabeça. Pareceu-me quase impossível voltar à vida normal, sem ter tempo para digerir tudo com calma. Apeteceu-me largar o trabalho e ir para casa a correr ouvir Woven Hand bem alto, para não deixar a vibração abrandar-se-me nas veias.O homem acredita em Deus, evoca-o, trá-lo com ele nas cordas vocais, nos dedos, nas pernas, nos olhos e convoca-nos para um ritual inesquecível e irrecusável. E é quase impossível não se ficar crente, nem que seja por uns dias. Mas tudo o que eu possa dizer será sempre insuficiente para descrever a experiência. A coisa que me ocorreu mais vezes dizer nas últimas horas sobre este concerto e que resume o que sinto da forma mais simples é: obrigada senhor David Eugene Edwards. Muito, muito obrigada.
















1 comentário:

Joana Lobo disse...

Lindas linhas sobre o senhor David Eugene Edwards. Subscrevo plenamente o teu agradecimento e agradeço-te a ti pelas palavras e ao teu mano pela foto!
Quero mais, sempre!